quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O VAZIO

Era um daqueles dias,
sem saber, a tristeza espelhava-se no rosto,
olhava para algures à procura da resposta
vazia na escuridão que se apoderou de mim.
Olhar perdido esse, alimentava a minha raiva,
sequiosa de respostas que estavam muito além.
O tempo esse, passava sem nada para dizer,
a fonte da alma esgotava-se.
Do nada, rasga-se nos céus
um majestoso sol que se quer esconder,
olhei-o fixamente, talvez estivesse ali a resposta,
mas ele mais rápido se escondia
Era um daqueles dias,
que do nada, nada surge,
mas o contemplar daquela imagem bela
fez o meu rosto esboçar um sorriso
Deste vazio em que nada surgiu,
bastou uma coisa de nada
e a alma alimentou-se.

2 comentários:

  1. Já uma vez escrevi o "para além do nada". Lembro-me de uma vez, na Serra da Estrela, em que me embrenhei num nevoeiro tão cerrado que fiquei perdido. Foi como um grande vazio pois quase não podia dar um passo com receio de cair nalgum precipício. Gostei das palavras que escreveste. Abraços.

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  2. :) O sol está lá sempre..mesmo que escondido atrás de nuvens escuras...
    E depois bastam pequeninos raios de luz para nos encher a alma
    Dias cheios de brisas mansas**

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