segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O EU ESCONDIDO.

Afinal quem sou eu?
Aquele que caminha o dia a dia
com calma, olhando sem pestanejar
aquilo que o envolve?

Sou o ser obediente de uma sociedade que me foi imposta
sem me perguntar nada?
Aquele que obedece a regras que lhe ditaram,
com as quais foi obrigado a crescer?
Sim, esse pareço eu,
vivo aqui, preso nas rédeas de uma inquisição
que nunca quis saber de mim.
que nada me pergunta e tudo me impõe.
Mas o outro eu?
aquele que quer gritar quando lhe apetece?
Que quer fazer o que parece mal?
Esse, esconde-se,
debaixo de uma sanguessuga sedenta,
por uma vida medíocre que em nada me alimenta.
O outro eu, por vezes,
salta da varanda e caminha para a liberdade,
entoa gritos de revolta
submerso num horizonte perdido.

Esse eu, o verdadeiro, corre nas montanhas,
chora, ri, sempre que quer
salta, canta, tropeça e aprende.
esse eu, sou eu e mais nada.

Como é bom ser mesmo eu,
violar aquilo que me foi imposto,
gritar por liberdade,
ficar rouco de alegria.
Esse eu, que a sociedade me suga,
surge por vezes mais forte,
saindo dela, marimbando-se para o que dizem,
mostrando a essência do que é ser belo,
andando nu ou vestido de ideias,
mas sendo simplesmente eu.

2 comentários:

  1. Parabens Jotas
    este teu novo cantinho está ficando cada dia mais bonito
    ..

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  2. Gostei sinceramente

    Mas amigo Jotas: Existe sempre um local para se gritar bem alto e soltar os "bichos".

    A CATEDRAL

    Um Abraço e Feliz Ano de 2009
    .
    .

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