terça-feira, 21 de julho de 2009

O CAMINHO DA VIDA - Que futuro?

--- Este mundo que nos é dado a conhecer, parece-me a mim ser cada vez mais dominado pela ganância e pelo materialismo puro.
Hoje, aqueles que dominam o país e ou outros que dominam o mundo, vão paulatinamente construindo o seu caminho e destruindo o dos outros, o poder económico sobrepõe-se aos valores éticos e morais, desbravando-se um perigoso caminho que, ou muito me engano, ou nos transporta para o abismo.
Hoje, as nossas sociedades, são construídas no total desrespeito pelos valores do Homem, a justiça é a impunidade que se vê, a segurança é cada vez menor, policias e professores desautorizados e como consequência um galopante crescimento da delinquência.
Não são com certeza esses os valores que quero e procuro transmitir aos meus filhos, a eles, cultivo o gosto pela natureza, tão esquecida pelos nossos governantes, os quais dominados pela hipocrisia, só pensam no desenvolvimento e crescimento económico, ignorando por conveniência, que sem uma conjugação com os factores ambientais, de nada serve, pois o Ambiente é a chave para o desenvolvimento do mundo e do ser humano, aliás, de que me serve que o meu país seja um país super desenvolvido, sem respeito pelas mais elementares regras ambientais, se daqui a 40 ou 50 anos, for insuportável aqui viver? De nada, absolutamente nada.
Cultivo também nos meus filhos, o respeito para com eles e para com os outros, sabendo aceitar cada um o papel que desempenha, por exemplo, o professor tem que ensinar, cultivar o respeito e a ordem numa sala de aula e o aluno, tem de tentar aprender e perceber que numa sala de aula, a autoridade máxima tem obrigatoriamente de ser o professor, só assim se pode caminhar.
Sim, porque ver pais que batem em professores, à frente dos próprios filhos, não é com certeza um exemplo de educação.
Os valores das nossas sociedade, encontram-se completamente corrompidos, tudo serve para falar em liberdade e como eu gosto dela, não admito e não concebo é que essa liberdade, seja confundida com libertinagem, adjectivo esse, que não significa mais nem menos que um certo estado de anarquia.
O estado das nações, a consequente desvalorização moral e ambiental que nela existe é algo que me faz temer pelo futuro, chegando a questionar muitas e muitas vezes, o que será isto quando os meus filhos forem homens, como posso eu querer que eles aprendam as regras ensinadas em casa, quando lá fora elas estão subvertidas?
Complicada tarefa essa, mas quero ainda acreditar que vale a pena, que se deixarmos de o fazer, então a libertinagem aumenta e a sã convivência termina e se isso acontecer, serei obrigado a ter o terrível pensamento, que hoje em dia, ter filhos é um acto de puro egoísmo, sabendo nós que estamos a lançar os futuros rebentos, para um mundo cão, que nos vai conduzir à fome, à criminalidade e ao abismo.
Assusta-me, que a estabilidade deste mundo, possa estar ao alcance de um botão, acessível a um louco, tal o proliferação do nuclear, pois os exemplos de maldade, de loucura e da ânsia de poder, é algo que está cada vez mais latente na mentalidade de muitos dos governantes mundiais, os quais, mais que zelarem para a paz mundial, pelo fim da fome, que a todos encheria de orgulho, preferem dar azo do meio da sua tamanha ignorância, a demonstrações fúteis de força.
Urgente mudar as mentalidades, urgente, os donos do mundo perceberem que uma democracia sem um clima de autoridade (não confundir com autoritarismo) e sem a preservação do respeito pela natureza, , está inevitavelmente condenada ao insucesso, pois o caminho trilhado até hoje, será o fio condutor para o fim de um mundo que tanta beleza teria para nos oferecer.